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Iluminação Eficiente

Blog de especialistas da EXPER

 

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Parecidas mas nem tanto

Uma luminária muito comum utilizada em ambientes com pé-direito elevados (acima de 6 m), as chamadas aplicações highbay, como supermercados e galpões industriais, são as luminárias com refratores prismáticos para lâmpadas de descarga. Podendo ser abertas ou fechadas, para aplicações que exigem um grau de proteção maior, geralmente utilizam lâmpadas de descarga ovóides de 250W e 400W.


Esse tipo de luminária, apreciada por fornecer parte da luz de forma indireta, apresenta-se no mercado em diversos tamanhos e configurações de materiais. Existem refratores em acrílico, policarbonato e poliestireno e embora sejam parecidos ou iguais dimensionalmente podem apresentar diferenças significativas de resultados em um projeto luminotécnico.


As propriedades de cada material confere ao refrator diferentes propriedades fotométricas e também de aplicação. Refratores em acrílico, com tratamento UV, são resistentes ao amarelamento e possuem maior rendimento luminoso. Refratores em policarbonato são mais resistentes a impacto e podem ser usadas com fechamentos para IP65, por serem mais resistentes termicamente. Enquanto os refratores em poliestireno, usado geralmente em formas moldadas apresentam custos mais acessíveis, porém desempenho inferiores, com paredes mais finas e menor resistência térmica.

Figura 1: Luminária industrial para lâmpada metálica com refrator em acrílicop rismático injetado (esquerda – luminária A) e em poliestireno moldado (direita – luminária B): diferenças no tipo de material e desenho do refrator

Este artigo compara o resultado fotométrico e de aplicação de duas luminárias industriais com mesmo dimensional (refrator de 22’’) para o mesmo conjunto de equipamentos – lâmpada vapor metálico de 400W e reator eletromagnético com ignitor e capacitor – alterando-se apenas o tipo de refrator (ver Figura 1):


Luminaria A: refrator em acrílico prismático injetado cristal

Luminária B: refrator em poliestireno moldado cristal


Analisando-se a Figura 2, nota-se que embora as luminárias aparentemente sejam semelhantes quanto à forma, diferem-se muito em relação a curva de distribuição luminosa. A luminária A apresenta um refrator com prismas bem definidos na região superior, que direcionam a maior parte da luz para o plano inferior, enquanto a luminária B, com refrator moldado, é mais transparente e não possui prismas tão eficientes, transmitindo a maior parte da luz para cima.

Figura 2: Curvas de distribuição luminosa da luminária industrial com lâmpada vapor metálico de 400W com refrator em acrílico prismático injetado (esquerda – luminária A ) e em poliestireno moldado (direita – luminária B)

Para exemplificar uma aplicação desta luminária em um ambiente industrial, foi realizada uma simulação em ambiente hipotético de 20m x 40m x 12m de pé direito. Para obter-se 300 lux médios, são necessárias 20 luminárias do tipo A ou 24 luminárias do tipo B. Isto é, há uma economia de 17% em quantidade de luminárias e potência instalada quando comparada a luminária A em relação a B nesta situação.


A Tabela a seguir compara as características das duas luminárias e do projeto hipotético. Verifica-se que o investimento inicial decorrente do maior custo da luminária A comparada a luminária B, torna-se insignificante perante a economia de energia gerada. Um retorno de investimento inferior a 2 meses é obtido com essa solução, justificando a escolha pelo material em acrílico injetado em detrimento ao PS moldado. Análises desse tipo, muitas vezes não são consideradas no momento da compra, mas devem ser ponderadas na escolha e especificação de produtos pelo projetista e respeitadas pelos compradores e clientes finais, visto que o mais barato pode-se tornar mais caro em pouco tempo.


Tabela comparativa

Juliana Iwashita

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